Governador não consegue dar resposta às demandas mossoroenses e opta por distanciamento delicado
Perto de completar seu primeiro ano de Governo, Robinson Faria (PSD) tem considerável déficit com o município que, segundo ele mesmo afirmou, “foi decisivo” à sua vitória eleitoral em 2014. Mossoró sente o ‘sumiço’ claro.
Sua presença nesse tempo foi escassa e praticamente sem nada concreto a oferecer. Sua ausência, em determinados momentos, até falou mais alto.
Nesse espaço de tempo, dois fatores foram determinantes para o hiato: o desgaste avassalador da gestão do seu principal apoio na cidade, prefeito Francisco José Júnior (PSD), e a greve recorde de um símbolo da pujança do município, a Universidade do Estado do RN (UERN). Com um atenuante: o esforço do próprio prefeito para cobrir, principalmente na Segurança, a enorme deficiência da gestão estadual.
Também concorre para esse comportamento do governador, uma realidade que ele luta para superar em face de uma crise sem precedentes: não tem o que mostrar, inaugurar, entregar. Praticamente não existe sobra para investimentos.
Na ponta do lápis, o governador esteve em Mossoró três vezes: dias 6 de janeiro, 9 de abril e 19 de junho. Noutra ocasião, apenas pousou no Aeroporto Dix-sept Rosado. Em momentos de programações importantes do município, não apareceu. Enfim, não tem um acervo minimo de realizações para apresentar.
Veja abaixo um resumo desse enredo:
Dia 6 de Janeiro, primeira vez
Robinson Faria fez sua primeira visita a Mossoró logo no dia 6 de janeiro, cinco dias após sua posse. Aportou na empresa privada de call center C&A; ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM); inauguração Base Integrada Cidadã (BIC) – obra municipal – do bairro Barrocas; além de encontro com dirigentes da Agrícola Famosa, maior produtora de frutas do País, em Mossoró.
Dia 9 de Abril, segunda vez
O governador Robinson Faria e alguns secretários (Ricardo Lagreca, da Saúde; e Kalina Leite, da Segurança, por exemplo, chegaram novamente à cidade no dia 9 de abril. Ele teve almoço com o segmento empresarial da cidade, que reiterou pauta de reivindicação da época da campanha e reforçou sobretudo apelo em termos de Segurança Pública.
Conheceu canteiro de obras do “Parque da Cidade” que remonta à gestão Wilma de Faria (PSB).
Visitou o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), unidade hospitalar do complexo Apamim (Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância em Mossoró) que está sob intervenção e tem o suporte financeiro da Prefeitura de Mossoró.
Também prestigiou o II Batalhão de Policia Militar, onde foi apresentada a Base Móvel de combate ao crack.
Já à noite, participou da inauguração da InterTV Costa Branca.
Dia 19 de junho, visita fora da programação
Já no dia 19 de Junho – em pleno “Mossoró Cidade Junina” – o governador e a primeira-dama Julianne Faria desembarcaram em solo mossoroense, fora da programação que tinham. Foram convencidos pelo prefeito Francisco José Júnior (PSD) da necessidade de prestigiar o evento. Assim ocorreu, mas sem alardes ou aviso prévio de sua assessoria.
Dia 15 de Agosto, de passagem
A agenda do governador Robinson Faria no dia 15 de agosto incluiu Mossoró por necessidade de pouso e decolagem da aeronave do Estado. Seu destino foi a cidade de Areia Branca, onde participou de programação da padroeira dos Marítimos, Nossa Senhora dos Navegantes.
Dia 17 de Agosto, uma falta
Na segunda-feira (17 de agosto), o governador não acompanhou a inauguração do Residencial Santa Júlia, do programa Minha Casa Minha Vida, como era esperado. Foi representado pela primeira-dama e secretária da área social do Governo, Julianne Faria.
Dia 28 de Setembro, outra ausência anotada
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) completa 47 anos. Sua Assembleia Universitária no Teatro Municipal Dix-huit Rosado, na segunda-feira (28 de Setembro), teve um acontecimento raro: a ausência do seu chanceler, o governador do Estado, em meio à maior greve contínua de sua história, que chegou a 147 dias.
Dia 30 de Setembro, mais uma falta
Na data magna da cidade, o Dia 30 de Setembro, também esteve ausente. Os protestos nas ruas em relação à Segurança Pública, Saúde Pública e Uern tiveram maior eco.
Carlos Santos!
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