Ao contrário do que se chegou a ser anunciado, não terminou a ocupação do prédio-sede da Prefeitura de Mossoró – o Palácio da Resistência. Segue sem data nem hora para terminar.
À manhã de ontem, finalmente o prefeito Francisco José Júnior (PSD) resolveu dialogar diretamente com representantes do movimento tocado por estudantes universitários.
Gargalhadas embutem desconfiança e muitas vozes que não avançam no impasse (Foto: PMM)
Foto com todos sorrindo encobriu a realidade: há tensão e desconfiança.
O governo quer a desocupação do imóvel, para seguir conversação. Teve saída dos manifestantes do ambiente de recepção. E só. Os estudantes não acreditam que haja avanço, perdendo sua principal “moeda de pressão” que é a ocupação do prédio.
Não acreditam no prefeito.
Já o prefeito e sua equipe sentem maior dificuldade para acordo, porque o caso ganhou muita repercussão pública e até apoios importantes e emblemáticos como da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o vice-prefeito Luiz Carlos Martins (PT).
Líderes
Outro agravante: o protesto tem uma diversidade de líderes, porta-vozes e tendências políticas embutidas, que se revezam nas reuniões. Uma barafunda de difícil equilíbrio.
A Prefeitura de Mossoró instituiu aumento de 50% na tarifa de ônibus urbanos. Os estudantes cobram revogação da tarifa e outras medidas, que em parte começaram a ser asseguradas.
Quanto à tarifa, a Municipalidade topou reduzir em apenas dez centavos. Ou seja, recuaria para R$ 2,90.
“A ocupação vai continuar”, reafirma uma fonte do movimento.
Depois traremos detalhes de bastidores desse caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário